Num dado momento, percebeu-se o óbvio: O mundo moderno começou a perceber a importância de se ter implantado nas instalações um sistema de combate a incêndios no início do século XX, por conta do gigantesco incêndio ocorrido na Inglaterra, que quase destruiu Londres, causando um prejuízo monstruoso e deixando um número incontável de vítimas. A partir daí, surgiram os sistemas de hidrantes nas ruas e áreas externas de fábricas, posteriormente os de sprinkler no interior de instalações e a área de anti-incêndio nunca mais parou de evoluir. Hoje existe um tipo de agente de combate (água, diversos gases limpos, pós químicos, etc) apropriado para cada tipo de instalação (residências, veículos, indústrias, áreas de equipamentos eletrônicos, etc).
A melhor maneira de se combater um incêndio é evitá-lo!
Aí nascia o sistema de detecção e alarme de incêndios. Foram desenvolvidos meios de se detectar, através de sensores especiais (detectores de fumaça, de chama, de temperatura, ultra violeta, aspiração, etc), qualquer fogo insipiente, possibilitando assim o imediato alarme de alerta e o combate precoce do foco, antes que este venha a se transformar num sinistro, com risco de perda de vidas e patrimônio.
Todos os países têm uma associação, composta por profissionais que atuam na área, que normatiza o setor – no Brasil, isto é realizado pela ABNT- Ass. Bras. de Normas Técnicas – e a Defesa Civil ou o Corpo de Bombeiros local são encarregados de fiscalizar as instalações e atestar a conformidade com as normas vigentes, emitindo laudos de vistoria.
Infelizmente, na maioria dos países não é desenvolvida a necessária consciência prevencionista e o ser humano só aprende com os erros, que no caso dos incêndios, custam muitas vidas e a destruição do patrimônio. Vide os exemplos dos edifícios Andraus, Joelma,e entre os mais recentes e impactante a tragédia de Santa Maria.
Quando se prepara uma instalação, seja ela particular, pública, industrial ou comercial, é importantíssimo considerar-se a implantação de um sistema, se não de combate, pelo menos um de detecção e alarme, visando a preservação de vidas e de patrimônio. Vale lembrar também que, para casos de instalações que requerem Seguro, as companhias concedem generosos descontos para as que possuem um sistema anti-incêndio confiável instalado. Este sistema deve ser mantido por empresa especializada e ter seus laudos de vistoria periódica assinados por profissionais capacitados destas empresas.
A importância de escolher bem
No anti-incêndio, como em todos os campos da atividade humana, há profissionais e profissionais, por isso é de vital importância que o cliente pesquise o mercado antes de se decidir por um fornecedor de sistema. É preciso conhecer o passado da empresa, quem a comanda, qual a sua formação na área, há quanto tempo atua no mercado, que equipamentos comercializa, se estes equipamentos são certificados pelos órgãos competentes, no caso de combate por agentes extintores limpos (gases), qual a procedência destes gases e suas certificações, etc.
Depois de pesquisar, decidir-se e instalar o sistema, é preciso garantir a confiabilidade do sistema. Isto só se consegue através de um bom Plano de Manutenção Preventiva, que mantém rede e componentes rigorosamente aferidos e aptos a executar suas funções a contento em caso de necessidade.
Manutenção Preventiva = Proteção do Investimento
Por analogia, podemos exemplificar a função vital exercida pela Manutenção Preventiva como a que é feita em um automóvel pela oficina mecânica autorizada aos 40 mil Km, onde peças que, por sua importância, mesmo que aparentemente em perfeito estado, são substituídas – ex. a correia sincronizadora (correia dentada) -, cujo valor absoluto não passa de alguns reais, porém seu valor intrínseco excede milhares de reais, pelo fato de uma falha desta peça poder representar um risco à vida, além dos danos materiais.
Nos sistemas anti-incêndio, a manutenção preventiva consome um mínimo de recursos, de valor conhecido, ao passo que, em caso de manutenção corretiva eventual, o valor pode chegar a ser assustador.
A prática nos ensina que um sistema bem mantido proporciona a segurança preconizada em projeto, ainda que decorridos vários anos de sua implantação. Esta é a fórmula para se gastar pouco e obter o máximo dos recursos aplicados.
A escolha do mantenedor do sistema é outro fator preponderante para a economia. Ao contrário do que se pensa, nem sempre o orçamento mais barato é o mais econômico. A economia reside na eficiência com que o mantenedor executa o trabalho e em seu conhecimento do equipamento instalado.
É preciso resistir à tentação da contratação dos “flanelinhas” por qualquer preço, para cuidar de um investimento que está, no mínimo, garantindo a sua vida! Pense nisso.